O fardo de ser Paulo Tigre, por ele mesmo.

É duro ser eu mesmo, mais ainda quando eu estou duro. É por isso que criei um blog: pra extravasar. E é mais barato do que beber.

Detesto quem fala de si mesmo em blogs. Por isso criei-me um pseudônimo.

Paulo Tigre sou eu, mas eu não sou o Paulo Tigre; Na verdade, o Paulo Tigre é um apanhado de personalidades e em cada post é uma alma diferente. Sem "Pessoísses", pelo contrário, enquanto criava-lhes biografias e  estilos próprios, eu me atenho à baderna e escrevo da maneira que a minha mente grita mais alto.

Não sou poeta maior ou grande dissertador, a minha inspiração vem de silêncios no banheiro e viagens de ônibus. Não me preocupo em me gabar de cultisse ou de expor-me em coloquialismos. Questiono a existência e  o vazio; critico a pressa que dilata artérias e as paixões que explodem corações; Construo divagações de dimensões faraônicas e relato um escrutínio em detalhes tão muídos, que caberia num livro a descrição do mais irrelevante objeto.

Não encontrarás aqui, leitor, o "mais do mesmo" e o "de novo". Recicla-se um autor felino por registro.